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è importante a sociedade actual começar rever os seu valores e principios!!

Devemos sim acompanhar o processo de Modernizaçao mas nao Mundanizar Nossas Mentes!!!

Obrigado por visitar o meu site!!!!!

 


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A Hist. Cristianismo em angola

http://img840.imageshack.us/img840/6615/mapadeangola.png

 

 

Podemos dividir o Cristianismo em grandes denominações religiosas

 

:

-Catolicismo

-Ortodoxa

-Anglicana ou Episcopal

-Protestantismo ou Evangélicos

 

Em Angola a religião oficial é o Catolicismo...

O catolicismo tem como chefe supremo secular o Papa.

— O protestantismo (nome que se deve a Martinho Lutero, reformador religioso do século XVI), não tem chefe geral. As grandes igrejas são dirigidas por pastores, bispos, presbíteros, de um modo geral. Há excessões...

— A ordotoxa, muito parecida com o catolicismo, tem como chefe maior o Patriarca.

Segundo a tradição, aos 30 anos Jesus reúne discípulos e apóstolos e começa anunciar a boa nova (o evangelho, em grego): a realização das profecias sobre o Messias (Cristo, em grego) e a instauração do reinado de Deus sobre o mundo a partir de Israel.

Considerado blasfemo, é submetido a um processo religioso e acusado de conspirar contra César. É crucificado quando Tibério é o imperador de Roma e Pôncio Pilatos o procurador da Judeia.

Cinquenta dias após sua morte, durante a festa de Pentecostes, os discípulos anunciam que ele ressuscitará e os enviará a pregar por todo o mundo a boa nova da salvação e do perdão dos pecados. Esse é considerado o início da difusão do Cristianismo...

 

TRAÇOS GERAIS DA HISTÓRIA DA EVANGELIZAÇÃO EM ANGOLA

Dado que os Portugueses mostravam mais interesse por Angola do que pelo Reino do Congo, a vida religiosa daquele país decresceu por falta de missionários. Os poucos que apareciam nem sempre eram exemplares. D. Alvaro II enviou uma embaixada a Roma. Mons. João Baptista Vives, espanhol, apresentou oficialmente o pedido e sugeriu o envio de Capuchinhos. Entretanto, é fundada a Congregação da Propaganda fide (1622). O Papa Urbano VIII, pede, por intermédio dessa Congregação, o envio de missionários para o Congo e em 1640 cria-se prefeitura Apostólica do Congo e Frei Boaventura de Alessano nomeado Prefeito Apostólico. O grupo chegou a Lisboa, mas não pôde seguir para Angola por este Reino ter caído na mão dos holandeses.

Em 1643 prepara-se nova expedição sob a direcção do mesmo Frei Boaventura de Alessano. O grupo, composto por 7 italianos e 5 espanhóis, parte de um porto espanhol e viaja com passaporte espanhol. O embarque deu-se a 20 de Janeiro de 1645 e o desembarque na foz do rio Zaire foi em Junho do mesmo ano, após uma viagem acidentada. No Soyo são recebidos como verdadeiros salvadores. Os frades capuchinhos organizam o serviço religioso, a catequese e confessam muita gente. Muitos cristãos aproveitam para regularizarem a sua situação matrimonial. São baptizadas 1500 pessoas.

Clero indígena ou angolano

O problema do clero indígena é dos mais graves e delicados nas actividades missionária. As dificuldades tanto vinham dos evangelizados como dos evangelizadores. Sobretudo os familiares dos evangelizandos dificilmente aceitavam as exigências da vida consagrada. Os evangelizadores, por sua vez, estavam imbuídos de preconceitos que os levavam a não acreditar que o negro pudesse desempenhar dignamente as funções sacerdotais. Existem relatórios sobre tais preconceitos nos arquivos. No entanto, os missionários procuraram formar clero indígena, desde o princípio, no Congo. D.Afonso I mandou o seu filho D.Henrique para Portugal e outros jovens de boa índole, a fim de se prepararem para o sacerdócio. Vários ordenaram-se e D.Henrique foi proposto para Bispo. Devido aos preconceitos de que falámos, a nomeação foi feita com bastante relutância.

A segunda metade do século XVII foi já de decadência nos trabalhos missionários. Causas políticas tiveram um influxo multo acentuado na acção religiosa. Luanda e quase todo o litoral de Angola foram ocupados pelos holandeses, protestantes calvinistas. Esta ocupação levou à destruição de várias obras e à deslocação de populações.

Restaurado o domínio português em 1648, Angola passou praticamente a constituir um domínio do Brasil, que em África encontrava o mercado de escravos de que precisava para a agricultura e, mais tarde, para o trabalho das minas. O século XVIII foi já de profunda decadência, principalmente com a expulsão dos jesuítas e com a decadência das Ordens Religiosas em quase toda a Europa.

Os sacerdotes diocesanos, angolanos, portugueses e brasileiros, que se encontravam em Angola eram pouco numerosos e geralmente faltava-lhes organização, zelo missionário e métodos apropriados ao apostolado missionário. O encerramento das casas religiosas em Portugal pelo Governo Liberal em 1834 tirou a esperança da recuperação durante muitos anos. Um bispo do século XIX pedia para Portugal que se acudisse à sua "moribunda diocese e a um outro, de meados deste século atribui-se esta frase de desalento: "Das Missões de Angola e Congo só resta a memória". Na realidade o número de sacerdotes chegou ao índice mais baixo em 1853: 5 angolanos, encontrando-se 4 em Luanda I em Benguela. As antigas paróquias e igrejas tinham desaparecido quase todas, missões propriamente ditas no interior não havia nenhuma.

Várias foram as causas:

- A prioridade dada pelos reis de Portugal aos assuntos do Brasil;

- - A falta de pessoal missionário;

- - A inclemência do clima que vitimava os missionários;

- - Os exemplos pouco edificantes dos comerciantes portugueses:

- - A ausência do clero indígena;

- - A expulsão dos Jesuítas e das Ordens Religiosas pelo Marquês de Pombal (1759) e por Joaquim Ant6nio de Aguiar (1834).

Igrejas construídas no Congo

1- Igreja da Sé, consagrada ao SS. Salvador, que deu o nome à cidade de Mbanza.

2- Igreja de. S.Tiago Maior 3- Igreja de Nossa Senhora do Rosário 4- Igreja de Nossa Senhora da Conceição 5- Igreja de Santa Cruz 6- Igreja de São João Baptista 7 - Igreja de São Miguel 8- Igreja de Santa Isabel 9- Igreja de Nossa Senhora das Vitórias

Nas Províncias havia: Igreja do Nsundi Igreja do Pemba Igreja do Pinda Igreja do Uandu Igreja do Bamba

Paulo Dias de Novais, Conquistador

e Governador do reino do Ndongo Como a expedição tinha carácter político e religioso foi necessário criar dois grupos. O grupo político foi foramado por Paulo Dias de Novais e o religioso pelo Padre Francisco de Gouveia que agregou a si o padre Agostinho lacerda e os irmãos portugueses Manuel Pinto e Amónio Mendes. A expedição chegou à foz do Kuanza a 3 de Maio de 1560. Paulo Dias de Novais mandou emissários ao rei do Ndongo a informar a sua chegada. Regressaram trazendo carta confidencial de um residente Português dizendo ser perigoso ir até à côrte do rei. Depois de muitas hesitações resolveram ir até Angola. Cedo o entusiasmo da chegada se transformou em frieza. O rei recusou-se a receber o Baptismo.

Assim, quando Paulo Dias de Novais chegou à ilha de Luanda em 1575, já lá encontrou uma capela construída pelos portugueses em honra de Nossa Senhora da Conceição e havia alguns africanos baptizados, segundo pode deduzir-se das cartas dos primeiros jesuítas. Mas foi só depois da fundação da cidade, em 1575, que o cristianismo se propagou no reino de Angola.

Datam de 1590 as primeiras Paróquias de Angola: Luanda - N." S." da Conceição. Massangano - N. Srª da Vitória. Em 1605 chegam os Franciscanos da Terceira Ordem.

Em 27 de Dezembro de 1654 foi criada a Prefeitura Apostólica m dos Frades Menores Capuchinhos

 

Em termos de infra estruturas construídas no Reino

de Ndongo e Matamba ressaltamos 1. Capela de São Sebastião 2. Igreja de Nossa Senhora da Conceição 3. Capela do Espírito Santo 4. Igreja de São João dos Europeus 5. Igreja de Santo António 6. Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos 7. Igreja de São José 8. Ermida de Santo Amaro 9. Capela de Santa Efigénia e Santo Estrabão 10. Igreja do Carmo 11. Capela de São Miguel 12. Igreja de Nossa Senhora do Cabo 13. Igreja de Nossa Senhora da Guia ou da Glória 14. Ermida de Nossa Senhora do Desterro 15. Igreja de Nossa Senhora da Esperança 16. Igreja de Jesus 17. Igreja de São João Baptista Estas igrejas estavam na cidade de Luanda e ilhas circunvizinhas.

No interior foram construí as seguintes

: 18. Igreja de São José de Calumbo

19. Igreja de Nossa Senhora da Muxima

20. Igreja de Nossa Senhora das Vitórias (Massangano)

21 Igreja de São Benedito (Luinha)

22. Igreja de Santo António (Luinha)

23. Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Conga Andala)

24. Igreja de Santo António (Kibanzo)

25. Igreja de Santa Ana (Loabo)

26. Igreja de São Bartolomeu (Tamba)

27. Igreja de Nossa Senhora do Desterro (Quaxoto )

28. Igreja de São João (Cacuso)

29. Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Cambambe)

30. Igreja de Santo Hilarião (Golungo Alto)

31 Igreja de Nossa Senhora da Assunção (Ambaca)

32 Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Pungo Andongo)

33. Igreja de São José do Encoje

34. Igreja de Santa Ana em Caxito

35. Igreja de São José (Libongos)

36. Igreja de São João (Talamatumbo)

37. Igreja de São João Evangelista(Kilombo)

38. Igreja de Nossa Senhora do Desterro (Combe)

39. Igreja de Nossa Senhora do Livramento (Chocolo)

40. Igreja de Santa Ana (Quilengues)

41. Igreja de São Joaquim

42. Igreja de Nossa Senhora do Pópulo (Benguela)

43. Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Caconda ).

A SEGUNDA EVANGELIZAÇÃO DE ANGOLA

Em meados do século XIX era trágica a situação religiosa de Angola. A sé estava vaga desde 1826. Só em 1852 chegaria um novo bispo, Dom Joaquim Moreira Reis, que se demorou apenas três anos, desanimado com o estado da diocese e com falta de meios para dar remédio a tantas necessidades que o acabrunhavam. Foi durante o seu curto episcopado que o Governo Português criou oficialmente o Seminário de Luanda, que só dez anos mais tarde podia abrir.

Dom Manuel de Santa Rita Barros, novo bispo, trouxe consigo de Portugal alguns sacerdotes para o seminário e 12 seminaristas já adiantados do seminário de Santarém. Mas tanto o bispo como alguns sacerdotes e 4 seminaristas viriam. a falecer de febre amarela, quatro meses depois da chegada a Luanda. No intervalo dos dois bispos, chegaram uns oito sacerdotes para paroquiar em Angola e mais alguns foram vindo nos anos seguintes.

No tempo do Bispo Dom José Lino de Oliveira chegaram ao Ambriz os primeiros missionários espiritanos franceses.

Tinham estes já algumas missões no Gabão e, sabendo que os capuchinhos italianos haviam nos séculos passados missionado no Congo, onde para eles tinha sido criada uma prefeitura apostólica, pediram à Sagrada Congregação da Propaganda que lhes concedesse esta Missão nas mesmas condições em que os capuchinhos ali haviam trabalhado. A Propaganda, depois de ter consultado os superiores dos capuchinhos, que responderam não dispor de pessoal.

O seu pedido foi aceite e o padre Schwindenhamer foi nomeado Prefeito Apostólico do Congo. Feitas as "demarches" políticas e diplomáticas achadas convenientes, organizou-se a primeira expedição formada pelos veteranos das missões, os padres: José Maria Poussot, Vice- Prefeito Apostólico, António Ansclmo Espitallié Estêvão Billon, irmão leigo. Partiram de Paris no dia 28 de Janeiro 1866; passaram discretamente por Lisboa, e chegaram ao Ambriz a 14 de Março de 1866. Em consequência de várias circunstancias, os primeiros missionários do Espírito Santo retiram-se para a Europa.

As dificuldades encontradas pelos Padres do Espírito Santo da primeira expedição levaram os Superiores Maiores a encerrar a Missão do Congo. Mas as notícias sobre Lândana entusiasmaram o Conselho Geral da Congregação, pelo que retomou a ideia da reabertura da" Missão do Congo a partir de Lândana. Desta forma, retomaram-se os contactos com a Propaganda Fide e, pelo Decreto de 25 de Julho de 1873, foi criada a Missão de S.Tiago de Lândana.

Fundada a Missão de Lândana, a Sagrada Congregação da Propaganda Fide, sempre a pedido do Superior Geral, criou a Prefeitura Apostólica de Cimbebásia (Cubango) a 3 de de Julho de 1873, cujos limites são os seguintes: Ao norte pelo curso do rio Cassai e Liba, a leste pela margem ocidental de Zambeze, pelo rio Haart e pela república da Transvaal, a oeste pelo Ocêano Atlântico e a sul pelo rio Cunene.

Dez anos depois, em 1883, chegaram as Irmãs de São José de Cluny a Lândana. Foram as primeiras Religiosas a enfrentar as hostilidades do clima africano. Acompanharam quase sempre os Padres do Espírito Santo, destacando-se sobretudo na formação cristã da mulher angolana

Os sacerdotes seculares vindos de Portugal (a maior parte formados em Cernache do Bonjardim) e da arquidiocese de Goa, trabalharam geralmente nas antigas paróquias dos séculos passados e noutras que se foram erigindo de novo. Estes párocos até 1910 acumulavam as funções do ministério paroquial com o exercício do magistério primário.

VIDA RELIGIOSA DE 1910 A 1940

Em 1908 chegaram as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria que ali se têm mantido até aos nossos dias.

Desde 1885 até 1910 a vida religiosa foi-se desenvolvendo com certa intensidade: o pessoal missionário - padres, irmãos e irmãs - iam aumentando progressivamente e as populações iam-se abrindo à evangelização. Mas algumas guerras de ocupação do território tornaram certos povos impermeáveis por algum tempo, como os cuanhamas.

Era de esperança a acção religiosa em 1910, com a chegada anual de vários sacerdotes, irmãos e irmãs. Em 5 de Outubro daquele ano, a revolução que suprimiu a monarquia e instaurou o regime republicano em Portugal mostrou-se logo de início contra a Igreja Católica e suas instituições: supressão dos Institutos religiosos, dos seminários e do ensino religioso nas escolas, nacionalização dos bens eclesiásticos - seminários, residências episcopais e paroquiais e das comunidades religiosas - imposição do casamento civil, admissão do divórcio, etc. Ao mesmo tempo, na imprensa intensificou-se a propaganda, que já vinha detrás, contra a Igreja e a vida católica.

Em Angola, os reflexos destas leis e da campanha anti-religiosa encontravam numerosos adeptos, mesmo em algumas autoridades. Vários missionários, sobretudo estrangeiros, foram perseguidos, foram expulsas as religiosas que trabalhavam em Luanda e Moçâmedes, e suprimidos os subsídios que o Estado vinha concedendo a várias missões e outras instituições católicas. Mas a supressão dos Institutos Religiosos e dos seminários em Portugal tinha consequências mais desastrosas em Angola e nas outras colónias portuguesas. Quanto às Religiosas sucedia o mesmo: as Franciscanas Hospitaleiras retiraram-se para Portugal e não voltaram mais.

Em 1940 a Santa Sé e o Governo Português estabeleceram dois acordos: A Concordata e o Acordo Missionário, aos quais o Governo Português acrescentou o Estatuto Missionário. Estes documentos condicionaram o funcionamento das missões. Tais documentos comsagraram o nacionalismo missionário, como afirmaram alguns responsáveis do tempo. O Cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, referindo-se ao Acordo Missionário, declara a 10 de Dezembro de 1940: "Pelo Acordo Missionário continua no Ultramar a nossa vocação de dilatar a Fé e o Império". " A constituição da hierarquia nas nossas mais importantes Colónias é um acto simbólico da sua ocupação, para Cristo e para Portugal", A 25 de Maio do mesmo ano, Salazar acrescenta: "Não pode pôr-se, entre nós, o problema de qualquer incompatibilidade entre a política da Nação e a liberdade da evangelização; pelo contrário, uma faz parte da outra. O governo condiciona a evangelização à formação patriótica do clero". Monsenhor Alves da Cunha concluiu: "Com o Acordo Missionário a Santa Sé favorece os altos interesses nacionais de Portugal. A Organização Missionária Católica será essencialmente portuguesa".

Entre 1926 e 1940, a expansão da Igreja Católica foi visivelmente impulsionada com a fundação de 29 novas missões. De 1930 a 1960, mais de 20 Congregações missionárias enviaram pessoal para Angola: Beneditinos, Beneditinas, Doroteias, Irmãs do SS. Salvador, Irmãs de la Salette, Capuchinhos, Franciscanas Missionárias de Maria, Reparadoras, Teresianas, Redentoristas, Ordem Trapista, Irmãozinhos de Jesus, Irmãos Maristas, Irmãs do Amor de Deus, Dominicanas de Se. Catarina, Espiritanas, Missionárias Médicas de Maria, Dominicanas do Rosário, Irmãs da Misericórdia.

Em 28 anos (1940-1968), o número de Padres angolanos passou de 8 a 71. Durante a 2." Guerra Mundial (1939-1945), não foi possível a entrada de pessoal missionário estrangeiro; mas, finda a Guerra, muitas Congregações acorreram ao apelo e dedicaram-se ao apostolado missionário em Angola.

Em 1954, ANO SANTO MARIANO, a revista O Apostolado deu início à campanha para a fundação de uma Emissora Católica de Angola (E.C.A.). No dia 8 de Dezembro de 1954 (encerramento das comemorações marianas) realizou-se a I." emissão da Rádio Ecclesia, Emissora Católica de Angola.

Na cidade de Luanda, em 15 anos (1960-1975), as paróquias passaram de 5 a 14. A expansão missionária prosseguia com novas dioceses e novos seminários diocesanos, com frequência muito animadora. A evangelização foi feita com mais profundidade e, em muitos lugares, era uma autêntica pré-evangelização.

 

A Igreja e a questão Social

 

A população, que os missionário evangelizavam, estava estratificada. Os brancos, naturais de Portugal, tinham mais privilégios do que os naturais de Angola. Os mestiços (assimilados por natureza) tinham direito ao ensino oficial, mas não ao serviço militar. Os pretos que sabiam ler e escrever eram assimilados por promoção e tinham os mesmos direitos que os mestiços.

Para prestar serviço religioso aos três grupos estavam os padres Diocesanos (europeus, euroafricanos e assimilados). Tinham estruturas paroquiais, à maneira de Portugal, diria Monsenhor Alves da Cunha.

Os indígenas (pretos que viviam segundo os usos tradicionais) estavam entregues aos missionários religiosos, salvo raras excepções. As relações entre os diversos grupos sociais eram, teoricamente, abertas. Mas, na prática, cada um procurava conviver com pessoas da sua condição social. A condição do assimilado era a mais dramática. Não convivia nem com o europeu nem com o indígena.

O ensino indígena Todos os governos coloniais tiveram sempre medo da promoção intelectual dos indígenas. Portugal Confiou a instrução dos indígenas às Missões Católicas, mas sem lhes atribuir verbas para isso. Os missionários alfabetizaram Angola à sua custa. A situação mudou um pouco depois de 1961, mas estava longe de corresponder às necessidades da população indígena. O ensino indígena começou por se chamar ENSINO RUDIMENTAR e durava três anos. Depois passou-se a chamar ENSINO DE ADAPTAÇÃO com duração também de três anos. Em ambos os casos, no terceiro ano, a criança podia fazer o exame oficial. Mas, na prática, não o fazia, por os pais não poderem apresentar Bilhete de Identidade, por serem indígenas. O indígena, que queria aprender mais, tinha de ir para o seminário ou jogar futebol. Os missionários sofriam com os entraves que encontravam na promoção dos indígenas. Para o povo português, as Missões eram um meio, não só de difundir o catolicismo (religião oficial do país), mas de promover as populações. A escola, a oficina e o trabalho rural, eram actividades que não faltavam na grande maioria das Missões. A Missão era frequentemente o único centro de ensino intelectual e profissional para a grande maioria das populações rurais.

A guerra da independência, que durou.13 anos, trouxe grandes sofrimentos e muitos benefícios. Foi extinta a Lei do Indigenato. As escolas oficiais foram abertas a todos. Os contratados começaram a ser tratados condignamente. Construíram-se estradas e aeroportos. Na década de 60, a fuga das populações rurais para as cidades motivou especial atenção por parte da Igreja. Neste trabalho de evangelização, foi notório e imprescindível o papel desempenhado pelos catequistas. Começou a elaborar-se para eles uma formação cultural, pedagógica e religiosa, em cursos de dois anos, já segundo as orientações do Vaticano II.

Em 1961, foi fundado o Instituto de Educação e Serviço Social Pio XII, em Luanda, com orientação católica. Este Instituto formou, durante anos, assistentes sociais, educadoras de família e da infância. Os Serviços de Saúde solicitavam Irmãs para os hospitais, centros de saúde e dispensários

A construção de igrejas, nas cidades e sedes de Missão, revela florescimento religioso. Proliferaram igualmente os Movimentos católicos: Apostolado da Oração, Legião de Maria, Cursos de Cristandande, Conferências Vicentinas, Escuteiros.

Novas Dioceses em Angola

Para que o trabalho da Igreja possa render, são necessárias estruturas. No Acordo Missionário de 1940 foi criada a Arquidiocese de Luanda, e as Dioceses de Nova Lisboa (Huambo) de Silva Porto (Kwito-Bié). D. Moisés Alves de Pinho foi nomeado Arcebispo de Luanda; D. Daniel Gomes Junqueira, Bispo de Nova Lisboa e D. Ildefonso dos Santos, Bispo de Silva Porto. Em 1955 foi criada a Diocese de Sã da Bandeira (Lubango) e, em 1957, a Diocese de Malanje. Cada bispo esforçou-se por mandar vir mais missionários e o raio da acção aumentou. O primeiro Bispo de Sã da Bandeira, D. Altino Ribeiro Santa na, era do clero diocesano de Goa. O primeiro de Malanje é um antigo missionário de Angola, Reitor do Seminário de Luanda durante 25 anos, D. Manuel Nunes Gabriel.

Paulo VI, em 1975, criou quatro novas dioceses: Saurimo, Sumbe, Menongue e Onjiva. Da população, 52% era católica; 12% protestante.

Novas circunscrições eclesiástica

Em 1 de Junho de 1963 foi criada a Diocese de Luso, sendo nomeado para Bispo D. Francisco Esteves Dias, da Ordem Beneditina. A 14 de Março de 1967 foi criada a Diocese de Carmona e S. Salvador, à frente da qual foi colocada o Capuchinho D. Francisco da Mata Mourisca. Os Portugueses conseguiram controlar a guerrilha, confinando-a aos distritos de Cabinda, Zaire, Uije e Moxico. Com o aparecimento de estradas asfaltadas, a evangelização tornou-se mais fácil. Nas zonas de guerra a luta é feroz, são frequentes as operações de limpeza, como a Operação Robusta que despovoou Kikulungo, e o assassinato de 220 angolanos no Ana (Camabatela)no dia 7 de Abril de 1971.

Novas Dioceses e novos Bispos

A 11 de Agosto de 1975 foram criadas as Dioceses de: Novo Redondo (Sumbe) Henrique de Carvalho (Saurimo) Serpa Pinto (Menongue) Pereira d'Eça (Ondjiva). Ao som de metralhadoras, eram ordenados bispos: Padre Alexandre do Nascimento, Bispo de Malanje, Padre Francisco Viti, Bispo de Serpa Pinto, Cónego Manuel Franklin da Costa, Bispo de Henrique de Carvalho, Padre Oscar Lopes Fernandes Braga, Bispo de Benguela, Padre Paulino do Livramento Évora, Bispo de Carbo Verde.

D.Eduardo André Muaca foi tranferido de Malanje para Luanda; D.Zacarias Kamwenho, de Luanda para Novo Redondo. Os padres diocesanos portugueses partiram quase todos para Portugal. Os Religiosos e Irmãs, uns' partiram e regressaram, outros mudaram de campo de acção. A maioria dos Organismos Católicos, (Cursos de Cristandade, por exemplo) desapareceram. Os serviços das cúrias diocesanas estavam desorganizados. Os seminários estavam vazios. Um ou outro noviciado feminino abandonado. Várias dioceses tinham o clero reduzido a 3 ou 4 unidades. No Saurimo não havia padre algum. Foram as Irmãs que receberam o Bispo.

Esta era a situação da Igreja no 11 de Novembro de 1975. Praticamente foi necessário recomeçar.

Restruturação da Igreja em Angola

Em 2 de Março de 1977 a Santa Sé, por proposta da Delegação Apostólica de Angola, fez uma reestruturação da Igreja em Angola. Criaram-se mais duas Províncias Eclesiásticas com sede no Huambo e Lubango. Nomearam-se mais Bispos e transferiram-se outros.

Actual mente as Dioceses estão assim assistidas: A Arquidiocese de Luanda tem como sufragâneas as Dioceses de Cabinda, Mbanza Congo, Uíje, Malanje, Saurimo, Novo Redondo e Ndalatando. A Arquidiocese de Huambo tem como sufragâneas as Diocese de Benguela, Kwito-Bié e Lwena. A Arquidiocese de Lubango tem como sufragâneas as Diocese de Menongue e Ondjiva.

Chamaram-se novos missionários. Vieram, sobretudo, da América Latina. O trabalho missionário retomou o seu antigo ritmo. A Igreja desenvolveu-se. Aumenta o número de crianças da catequese. As jovens descobrem o valor da vida consagrada. O número de seminaristas maiores duplicou. Nascem Congregações Religiosas Femininas de origem angolana. Os noviciados femininos passam de 5 para 25. Apesar da guerra, a Igreja cresce e desenvolve-se

 

 

 

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